Já me via ali. Dona de minha própria rotina, senhora do meu espaço e me deparando com novos desafios (ainda maiores dos que me encaram hoje). Pareceu tão bom... Curtir a dor e a delícia de ser quem eu sou. Conviver comigo mesma sem interrupções. Acho que todo mundo merece, ainda que por um breve momento, ter seu mundo próprio, comprometido consigo mesmo, sem intervenções externas, sem dever nada a ninguém, sem rabo preso - como diz meu pai. Daí vi também as dificuldades, as contas enormes, o próprio processo de conseguir o meu cantinho - num curto espaço de tempo -, a interferência desse processo na vida dos outros... Aí deu um desânimo. Um sentimento ruim. E aí a oportunidade escorreu pelos meus dedos. Sempre fico mal quando deixo uma oportunidade passar assim sem lutar por ela, mas tenho que aprender que tudo tem seu tempo e no fim das contas não era pra ser. É... não foi dessa vez.
(Grazielle Santos Silva)
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