Já tinha esquecido quanto era gostoso ser adolescente. Mesmo com tanta confusão e com a visão amplificada das coisas, sinto falta dessa fase. As emoções faziam tanto sentido que pareciam reger nossas vidas. Tudo era vivido em sua essência. Parece que esse é um período de test-drive de sensações. A paixão não tem controle, a raiva não tem hora, a tristeza nunca acaba e amar é mais fácil que qualquer equação matemática. Aí chega um dia que a gente cresce e aprende a reger isso tudo. A tristeza ganha pontuação e não passa da justa medida. A raiva tem hora marcada. A paixão, quando aparece, tem que por os pés no chão. Amar? Nossa... Nem lembro como é. Preciso de um retrato falado para reconhecê-la. E mais tantas e tantas coisas que a gente venerava passam a ser uma grande bobagem. Parece trágico. E voltar no tempo, a gente sabe que não dá. Mas também nem quero! Crescer também tem suas vantagens. No entanto o bom mesmo é crescer e vez ou outra adolescer nem que por um instante. Aí sim tudo se encaixa. As energias são renovadas e conseguimos forças para seguir em adiante.
(Grazielle Santos Silva)
Nota: Texto inspirado em meus ex-alunos. Saudades de tê-los por perto me lembrando o quanto é bom adolescer...
Nota: Texto inspirado em meus ex-alunos. Saudades de tê-los por perto me lembrando o quanto é bom adolescer...
* Poster do Filme 13 going on 30 (De repente, 30)
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