Chuva é chata. Atrapalha planos, estradas, brinquedos, não nos deixa sair de casa e às vezes trás um frio danado. Lá estava eu em mais um dia qualquer, o “céu caindo” e as palavras cruzadas ocupando a minha cabeça, quando entra Carol, feliz da silva, encharcada e suja de lama. Perguntei à garota de onde ela vinha. Certamente estava a caminho de casa quando o pé d’água a pegou desprevenida. Mas qual foi minha surpresa quando ela disse “Fui ali brincar com as meninas”. “Na chuva?!” indaguei “Você pode pegar uma pneumonia!” Só que Carolina deveria ter Feliz da Silva como sobrenome. Sapeca, 14 anos, comecinho de vida, guarda um universo de sabedoria e me disse sem pensar duas vezes “Alegria não trás doença. Fui brincar, ri muito e estou de volta, quer coisa melhor?” Certamente não. Passei o resto do dia pensando em como crescer me tirou a espontaneidade e a leveza de ser eu. Há quanto tempo não brinco, danço ou beijo debaixo de uma chuva torrencial? Acho que farei isso da próxima vez que chover. Vou deixar a água me purificar e levar o peso dos anos embora.
2 comentários :
Chuva é bom. Amenizar o calor, molha as plantas, enche o rio. Viva a chuva!!!
Brincar na chuva era ótimo, pena que não tenho mais com quem fazer isso. =/
Ser adulto não significa deixar de ser criança, significa fingir que deixou de ser. Só não leve o fingimento a sério. ;)
Beijos
PS: Podemos marcar pra ir a praia num final da tarde qualquer. =D
Seu posto me fez lembrar um que escreví no finalzinho do ano passado. Talvez fosse isso que eu tanto buscava na chuva, a espontaniedade escondida na alma.
Bjo :*
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