domingo, 17 de maio de 2015

QUE VENHAM OS TRINTA E UNS...

Hand lettering da música Velha e Louca de Mallu Magalhães
por Grazielle Santos Silva do Ideias em Conjunto
Então eu trintei... Morrendo de medo da velhice do corpo, dos limites da idade e atormentada pelo fantasma de todas as projeções que eu mesma fazia para mim com esta idade (e que nem de perto foram realizadas). Trintei com completo pavor de estagnação. E de todos os planos parados ou ainda não elaborados ficarem encalhados até morrerem no esquecimento. Pânico de ter que ser mais ponderada. Porque enfiar os pés pelas mãos, pisar na jaca, é tudo coisa de gente jovem, e eu já ia fazer trinta...

E ao fazer trinta minha alma atingiu o limite da inquietude. Sugiram uma série de porquês, tais quais aqueles que acometem as crianças de 5 anos. “Por que isso tem que ser assim?” “Por que não posso fazer diferente?” “Por que ceder?” “Por que não ceder?” “Por que continuar?” “Por que encerrar?” “Por quê?” “Por quê?”. Com a avalanche de perguntas uma série de respostas, novas visões de vários aspectos de minha vida e um novo impulso de fazer acontecer.

Confesso que nem todos os questionamentos que me rodeiam foram respondidos. Nem todos os medos banidos. Nem todos os problemas resolvidos. Nem todos os planos realizados. Mas, há algo de diferente em mim. 

Mudei porque mudar faz parte e porque só a gente pode mudar a si próprio. No entanto, continuo a mesma em essência: sonhos românticos, desejos novos e antigos emaranhados e planos constantes de conquistá-los um a um com determinação maior ainda do que há anos atrás.

E que venham os trinta e uns.


(Grazielle Santos Silva)

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